No domingo (17/09), Lucimar Maziero, presidente do Conselho Estadual da RCC-SP, ministrou a última pregação do Congresso Estadual, com o tema: “E os próximos anos? Uma visão de esperança!”, trazendo direcionamentos importantes para todos os carismáticos do estado de São Paulo.
Para ela é muito importante que a RCC esteja atenta a tudo aquilo que o Senhor tem falado, mostrado e direcionado neste tempo jubilar, pois há um longo caminho, que deve continuar sendo percorrido, na certeza de que o Senhor é que está à frente, "Ele quem direciona".
Desse modo, recordou a todos do importante convite que o Papa Francisco fez à RCC, para celebrar seu Jubileu de Ouro, com ele, em Roma, e ressaltou o local que o Papa escolheu para esse encontro: Circo Máximo, local onde muitos cristãos foram martirizados. Disse, ainda, que se tratava de um lugar ao ar livre, aberto, sem muita segurança, para um evento desse porte e, especialmente, com a presença do Santo Padre, por isso, como no Cenáculo em Pentecostes, poderia o medo, a preocupação tomar conta dos corações, “mas a alegria de estar ali com o Papa, atendendo ao seu convite, fez com que esses sentimentos não nos dominassem e vivemos tudo com muita alegria”, ressaltou. Desse modo, Lucimar enfatizou que aí estava um grande ensinamento a ser levado por todos: “Quando nós respondemos a vontade de Deus, o temor não pode nos parar!”.
Em seguida, falou do modo como este Congresso Estadual foi pensado e o que cada momento deve ajudar a todos a refletir: “No primeiro momento, fizemos memória de gratidão: não saudosismo, mas gratidão a Deus por tudo que Ele fez, faz e ainda vai fazer no meio do seu povo. No segundo momento, falamos do hoje, fazendo memória de fé: a RCC ainda tem desafios, mas a fé em tudo aquilo que Jesus faz e realiza e na ação do Espírito Santo, nos dá a graça de darmos passos firmes e decisivos. Já temos clara a nossa identidade, espiritualidade, quem devemos ser. Sabemos que é vivendo autenticamente o Batismo no Espírito Santo que faremos a vontade de Deus para nós. Nesse terceiro momento, somos chamados a viver uma visão de esperança: quando olhamos com esperança para o futuro, vemos aquilo que não existe, mas com os olhos de Deus!”.
Lucimar prosseguiu lembrando as palavras proféticas do Papa Francisco no Jubileu de Ouro, em Roma, quando disse que a RCC resgatou na Igreja o poder da oração de louvor, dizendo que não podemos viver o complexo de Micol, fazendo referência a passagem do Segundo livro de Samuel 6, 16ss.
“Essa palavra precisa ser atualizada: nós não podemos ficar parados naquilo que muita gente fala, por não compreender nossa identidade. Muitas vezes, demos ouvidos a muitos 'Micols’ e paramos! Não podemos fechar a boca, nem para deixar de louvar a Deus em todos os momentos de nossa vida, mesmo que o louvor saia em meio às lágrimas!”, exortou Lucimar.
Fazendo referência a Adoração ao Santíssimo, quando a bandeira do estado de São Paulo foi levada até o Santíssimo e clamado o Sangue de Jesus, Lucimar disse: “O sangue de Jesus não quis lavar apenas uma bandeira, mas quis lavar os nossos olhos, que muitas vezes estão parados nos problemas, nos pecados. O sangue de Jesus quis ser um colírio para nós, para nos dar uma visão ampliada: um povo que sabe quem deve ser”. E proclamou, em alta voz:
“[RCC do estado de] São Paulo, você sabe quem deve ser, você sabe para onde está indo!”.
Desse modo, falou que a “santidade não pode ser, para nós, o ponto de chegada, ela precisa ser o nosso hoje, o nosso presente”. “Hoje é tempo de viver santidade!”, conclamou Lucimar.
Disse, ainda, que todos os carismáticos são chamados a refletir, neste tempo, parar para receber uma nova força e que devem estar atentos ao Espírito Santo, abertos as novidades d'Ele a cada dia. “Olhando para a simplicidade dos pioneiros, é preciso pedir a força do Espírito Santo, para continuar a caminhada, dando passos com visão de esperança! Você é chamado a ter visão de esperança, sinal de esperança!”.
Alertou ainda sobre o perigo de voltar deste Congresso e continuar fazendo as coisas do mesmo jeito, portanto, pediu que todos se deixem conduzir pelo Espírito Santo e vivam a visão de esperança! “Viver visão de esperança, neste tempo, onde todo mundo só sabe falar de crise, de violência, de aborto, de morte, é quebrar paradigmas. Nossos olhos vão se confundindo com palavras de Micol que chegam para nós! Não podemos desanimar, precisamos viver como família, viver o Evangelho, ser sinal de Pentecostes neste tempo!”.
“Muitas vezes falamos palavras bonitas, mas qual é a mudança que está acontecendo no nosso coração? Qual a mudança que estamos promovendo na Igreja hoje?”, indagou Lucimar, pedindo a todos que aproveitem este tempo jubilar para referir, mas não apenas para ficar levantando problemas e, sim, para ouvir o que o Espírito está dizendo e colocar em prática.
Recordou alguns pontos que Deus foi falando e direcionando, nesse Congresso.
Enfatizou que o Batismo no Espírito Santo é um caminho de partida para a santidade e que este já é um pilar que a RCC-SP sabe que precisa construir e que será construído com a vida de cada carismático. “Sem Batismo no Espírito Santo vai ser muito difícil viver a santidade! Nós precisamos do Batismo no Espírito Santo; precisamos buscar uma vida permanente no Espírito, não só de vez em quando, mas diariamente, a toda hora, todo momento, todo segundo, em vistas da santidade, que queremos viver”, disse.
Falando sobre unidade, recordou o momento ecumênico de pregação e oração que tivemos no Congresso, questionando a todos: “será que, de verdade, a gente está sendo unidade? Quantos anos Deus tem nos falado de unidade?”. Lucimar convocou a RCC-SP a se aprofundar nesta graça da unidade, buscando vivê-la principalmente com aqueles que estão mais próximos, a partir do amor-doação, como o amor de Jesus, na Cruz: “A unidade cresce quando a gente se ama. Vamos falar menos do amor e amar mais”.
Lucimar também falou da necessidade de uma verdadeira intimidade com o Senhor. “A missão é o extravasamento do amor de Jesus! Vamos parar de reclamar e confiar em Jesus. Se verdadeiramente confiamos em Cristo, não vamos desconfiar, porque aquele que age em nós é maior do que qualquer cara feia, do que qualquer problema”.
Ela enfatizou que “a santidade começa de coisas simples, mas verdadeiras” e que Deus pede duas coisas a cada um: “viva o amor e a verdade!”.
Para finalizar, disse que é preciso viver uma visão de esperança! “Pés no chão e coração em Deus! Agora é um tempo propício para que o Espírito Santo faça crescer em nós a virtude da esperança”.
E acrescentou: “Se daqui para frente é um tempo de viver esperança, é tempo de irmos para águas mais profundas, mas para isso, nós precisamos enfrentar os riscos. Você está disposto a entregar sua vida realmente?”, questionou.
“Escuta aqui, RCC-SP, vamos sair da periferia da graça, vamos colocar nossos pés nas águas mais profundas, sem medo!”.
Por fim, conclamou todos os carismáticos do estado de São Paulo que se comprometam em formar a nova geração de conteúdo. “Formar na identidade de Igreja, de RCC e na identidade pessoal”. E reforçou que a formação é permanente e contínua: “formar os novos não significa que já estamos prontos e não precisamos nos formar mais! É preciso nos formar sempre, nos aprofundar!”
Finalizou com um forte momento de oração, pedindo a todos os carismáticos do estado de São Paulo a graça de se comprometerem em ser fieis nos próximos anos, na longa vida de carismáticos, assumindo o compromisso de formar a nova geração. “Não se forma a nova geração sentados em suas mesas de escritório! Vão buscá-los, pastoreiem, vão atrás, paguem o preço, amem!”.