O Grupo de Oração e o Ministério de Promoção Humana: operação resgate.

A promoção da dignidade humana é um chamado de todo batizado!

O Ministério de Promoção Humana, assim como os demais ministérios, contribui para um fim maravilhoso: o resgate da dignidade humana, a partir do batismo no Espírito Santo. O Grupo de Oração é lugar de encontro com Jesus, de uma experiência profunda com o Seu amor. Todos são convidados para este momento em que o Senhor Jesus quer acolher e tocar a todos com a sua misericórdia. É lugar de renovo do batismo no Espírito Santo, de vivência dos carismas, de vida em comunidade. E nesta experiência genuína com o Senhor, Ele deseja alcançar todas as nossas dimensões humanas: física, emocional, social, intelectual, espiritual. Assim, no Grupo de Oração (GO), há a necessidade de servos ministeriados na Promoção Humana.

Antes de falar do Ministério propriamente dito, a promoção da dignidade humana é um chamado de todo batizado. O Papa Paulo VI já dizia que a Igreja como um todos deve agir na caridade, promovendo o ser humano em seu desenvolvimento integral. Como é um chamado de todo batizado, buscamos promover a dignidade em qualquer lugar que estejamos: no ambiente familiar, na escola, no trabalho, no lazer, na paróquia, no grupo de oração etc.

O Ministério de Promoção Humana (MPH) é um serviço que a partir do Grupo de Oração (GO), pela experiência do batismo no Espírito Santo, busca resgatar a dignidade de seus servos e participantes, em todas as dimensões humanas; dignidade perdida em razão do pecado. Para isso, o MPH se vale de três pilares: acolhida, pastoreio e caridade social, sempre contando com o trabalho em conjunto com outros ministérios do GO. É importante, portanto, que, para exercer este ministério, sejam irmãos que já tenham um tempo significativo de caminhada com Jesus. É preciso mais tempo de intimidade com o Senhor, pois irão ao encontro das machucaduras dos irmãos. Para exercer este ministério são necessários servos atuantes no grupo de oração, passando pelas formações de servos e específicas do Ministério, que sejam acolhedores, atenciosos, comprometidos e que saibam agir com discrição. O olhar para com todos deve ser o de misericórdia.

No grupo de oração, a acolhida não se trata de entrega automática de lembrancinhas. Mas trata-se de receber o irmão com aceitação e hospitalidade. Não temos o total conhecimento de como as pessoas chegam até nós. Mas, independentemente disto, todas precisam ser acolhidas com misericórdia. A reunião de oração precisa ser um ambiente carregado de misericórdia, amor e alegria. A alegria do encontro com o Senhor Jesus. É muito bom chegar em uma reunião de oração e encontrar um espaço físico organizado, acolhedor, mesmo que na simplicidade, não é mesmo? É bom encontrar o sorriso de irmãos na entrada da reunião de oração. E é muito prudente que as atividades de acolhida sejam rezadas e pensadas em cima da palavra tema da reunião de oração e, se assim for discernido, o MPH pode contar com servos de outros ministérios. A acolhida se dá a todo momento da reunião de oração.

O agente de promoção humana ou o ministeriado em promoção humana e os demais servos do grupo de oração precisam estar atentos às reais necessidades dos irmãos, em todas as suas dimensões, tanto na reunião de oração quanto fora dela. Daí a importância do pastoreio. Como Jesus, o Bom Pastor, é necessário zelar pelas ovelhas em todas as suas necessidades. Por isso, a importância de projetos permanentes de pastoreio no Grupo de Oração para servos e demais participantes. Estes projetos não precisam ser baseados em grandes atividades. Mas discernido junto ao núcleo do grupo de oração, a partir das observações e discernimentos trazidos pelos servos dos grupos de oração. Uma mensagem de aniversário e outros pequenos gestos recheados da misericórdia e discernimento são capazes de manter ou resgatar ovelhas para o rebanho do Senhor.

A partir do olhar de misericórdia, que deve ir aumentando conforme as experiências do batismo no Espírito Santo, haverá o exercício da caridade, virtude teologal, que leva a ações de caridade social, baseada nas reais necessidades dos irmãos. Não por atividades aleatórias, somente para ter algo sendo realizado de qualquer jeito, mas pela vivência real da caridade pelas obras de misericórdia corporais e espirituais. Do contrário, viveremos de uma forma assistencialista e não baseada no amor doação. E entender a real necessidade do irmão, passa por todas as suas dimensões: fome física, fome de atenção, do amor de Deus; necessidade de diálogo, necessidade de ser ouvido; necessidade de oração, de uma vivência fraterna, de entender como funciona uma rede social, de acompanhamento psicológico. Só conseguiremos realizar algo efetivo se entendermos a real necessidade. E foi Jesus mesmo que nos disse: “Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, também vós deveis amar-vos uns aos outros” (cf. João 13, 34). É justo, irmãos, só visualizarmos atividades além grupo de oração, talvez até por pura vaidade, se nossos irmãos desta comunidade fraterna que é o grupo de oração padecem do corpo, emoção e espírito? É, justo, irmãos, poucos servos dentro do grupo de oração, quando há participantes já aptos para iniciarem a sua caminhada como servos e guardarmos isto por pura vaidade? É justo, irmãos, vermos que a paróquia que acolhe o grupo de oração não tem o que oferecer aos irmãos mais necessitados materialmente, sendo que podemos, conforme esta real necessidade, arrecadarmos em nosso meio o que puder ajudar aquela paróquia? É justo, irmãos, olharmos somente para uma dimensão do outro, só para manter a nossa consciência tranquila, sem entender, de fato, a real necessidade? É justo guardarmos o amor de Deus só para nós?

Em tudo o que foi colocado está a ação do Ministério de Promoção Humana. Dada a importância de sua missão, é essencial que os grupos de oração tenham este ministério e, até mesmo, que a coordenação deste ministério esteja presente no núcleo do grupo de oração. E, sempre, trabalhando em unidade com este núcleo, inclusive pastoreando seus membros. Encaminhar os irmãos - servos e demais participantes - para outros ministérios e pastorais (nem tudo damos conta, não é mesmo?), sem deixar de acompanhar, zelando pela essência da espiritualidade da Renovação Carismática Católica. E, assim, a comunidade fraterna estará preparada para vivenciar maravilhosas experiências além grupo de oração, como o Projeto Abraço do Pai, um projeto desenvolvido pela RCC, a partir do Ministério de Promoção Humana, junto aos demais ministérios, outras pastorais, profissionais liberais, prefeituras e outros órgãos, com ações de evangelização e serviços sociais.

                Sim, meus queridos: há muito o que fazer. Mas não sem antes crescermos na intimidade com o Senhor Jesus. Nós não conseguimos continuar nossa missão de anunciar o amor de Deus sem crescer na intimidade com o Senhor na oração. E nossas orações precisam ser regadas ao batismo no Espírito Santo de Deus. O batismo do Espírito Santo é nossa identidade. A vivência dos carismas também faz parte de nossa identidade. A vida fraterna faz parte de nossa identidade. E ir ao encontro dos irmãos, buscando o resgate de sua dignidade, é um dos frutos do Espírito Santo. Sim, este resgate vai acontecendo em nós pelo amor de Deus e nos impulsiona a levar este resgate aos demais em nossas atividades diárias e onde quer que estejamos. É um chamado de todo batizado. Se este resgate não acontece a partir de nossos grupos de oração, é preciso pensar se, de fato, estamos vivendo conforme batizados (Batismo enquanto sacramento) e conforme batizados no Espírito Santo (marca de nossa espiritualidade).

                Queridos, sabemos o quanto o Senhor nos ama e não podemos guardar este amor só para nós. Sim: há muito o que fazer para levar este amor. Por vezes, desanimamos... Mas, para reforçar a importância do grupo de oração no resgate da dignidade dos filhos de Deus e, assim, a contribuição do Ministério de Promoção Humana nesta operação, gostaria de relembrar uma passagem do evangelho de São Marcos, no capítulo 2, versículos de 1 a 11. Um paralítico foi carregado por quatro homens até a presença de Jesus. Como a multidão era grande, estes homens descobriram o teto de onde Jesus estava para que aquele paralítico estivesse em Sua presença e o milagre do resgate daquele homem acontecesse... E aquele paralítico teve suas reais necessidades atendidas: a física, pois não caminhava; a emocional e social, pois era tido como prisioneiro dos seus pecados ou dos seus pais e, por isso, marginalizado; a espiritual, pois teve um encontro com Jesus; a intelectual, pois se comportou conforme um homem de fé, mudando de comportamento – antes não andava e, agora, tomou posse de um novo comportamento como pessoa, andando. Jesus nos chama a ser como estes quatro homens: usar das estratégias do Espírito Santo, apesar das dificuldades para o resgate da dignidade humana pela experiência no batismo no mesmo Espírito. É tempo de repovoar nossos grupos de oração. É tempo de resgatar. E o Ministério de Promoção Humana tem a missão de auxiliar neste repovoamento no resgate da dignidade humana. Qual é a nossa resposta?

Vem, Espírito Santo! Que nossos grupos de oração realizem, a partir do batismo no Espírito Santo uma linda operação resgate: o resgate da dignidade humana.

Paz e bem.

Iacy Batista Garcia – Coordenadora Estadual do Ministério de Promoção Humana.

Compartilhe em suas redes sociais

Endereço

Rua Paschoal Guzzo, 141 Jardim Messina - CEP 13207-491 Jundiaí/SP,

Siga-nos

© RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO ® 2024. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.