Na segunda pregação deste sábado, Pe. Antonio José, conduz os intercessores do estado de São Paulo a recomeçar no ministério. Com o tema “Intercessores batizados no Espírito Santo” ele inicia o ensino motivando os participantes, como cristãos em qualquer estado de vida, a ter coragem de recomeçar. Ele recorda que Jesus “conhece o coração daqueles que ele chamou”.
“Ás vezes somos tentados a dar um tempo em nosso ministério, pensamos em desistir, mas o grande segredo é saber recomeçar! Viver as coisas de outra maneira, de outro jeito e ir percebendo que Deus pode estar, nestes momentos, nos polindo, tirando o excesso de ‘Eu’ que ainda há em nós”, explica. Conforme o sacerdote, “trabalhando o coração da gente, Ele tira nosso excesso de ‘Eu’ que nos impede de estar rendidos, generosos para Ele. Hoje é dia de recomeçar e não de desistir!”.
Com o Evangelho de São João, capítulo 20, versículo 19 e seguintes, o pregador vai mostrando aos intercessores exemplos de como Jesus vai ao encontro de seus discípulos para ajuda-los a recomeçar. Ele cita o exemplo de Tomé, que nesta passagem (Jo 20, 24-28) quando o discípulo diz que só vai acreditar em Jesus ressuscitado se vir suas chagas. “Tomé precisava recomeçar, sonhar de novo, acreditar de novo, por isso Jesus aparece novamente entre os discípulos. Aquilo que me machucou um dia se torna então, troféu. Cada vez que tiver que recomeçar, não olhe o que a vida fez ou você fez de errado, faça como Nossa Senhora no Magnificat, veja que Ele fez maravilhas em ti”, exclama.
“Como vou parecer com Jesus se não aceito as marcas da cruz?”, pergunta o pregador. Ele frisa que “a cruz nos molda para nos parecermos com Jesus. Se você passou pela cruz, foi ferido em seu ministério, vá adiante; o Senhor o curará. Quem sabe por essas feridas o Senhor vai nos acolher no coração dEle”.
Padre Antônio José traz também como exemplo a história de Pedro no Evangelho de João (Jo 21, 15-17). Ele afirma que Jesus se aproxima de Pedro (nesta passagem) para curar seu coração. “Ele queria dar a Pedro a chance de cobrir cada traição com uma palavra de amor. Pedro, então, após repetir três vezes que ama Jesus, reconhece que é hora de recomeçar”, observa. Ele destaca que Jesus pede a Pedro para apascentar os cordeiros e que a palavra cordeiro é “uma ovelha frágil” que precisa ser cuidada. "Ou seja, Jesus pede a Pedro para cuidar de seus pequeninos", diz.
Trazendo esta passagem da vida de Pedro, o pregador enfatiza que “o outro que te leva pra outro lugar [fazendo referência a passagem de João 21,18] é o ES*! São João diz o tipo de morte que Pedro ia glorificar a Deus. Existe um tipo de morte que glorifica a Deus, é a morte de quem abre mão de se conduzir, abre mão de si mesmo, para ser conduzido e fazer a vontade que o ES coloca nele. Essa morte é que tem que estar operando em nós constantemente! Um servo é alguém que vai morrendo e dando gloria a Deus, é a morte de abrir mão de si mesmo”.
Dessa forma, Pe. Antonio José conclui a pregação afirmando que o cristão está sempre renunciando a algo; precisa saber morrer! “O maior ato de intercessão de Jesus foi dar-Se. Intercessão não é estilo de oração, é estilo de vida. É morrer por amor. Desde que Jesus passou pelo calvário, o único ministério que existe é este, dar a Vida pelo outro. O bom pastor é este: dá a vida pelas ovelhas. Desde o calvário a única coisa que dá fruto é dar a vida pelo outro, é uma transfusão de sangue para o outro. Se é oração intercessória precisa ser momento de expressão de amor”.
“Precisamos de Batismo no Espírito Santo cada dia mais, porque o poder de Pentecostes é poder de amor”, finaliza.
*ES - Espírito Santo
Foto: MCS/RCC-SP
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